Os
cães “vira-lata” constituem
o grande número de cães da América Latina e provavelmente no mundo. No
Brasil e, principalmente, nas cidades do Interior é um cão bem conhecido
e adotado como cão de estimação.Embora
a expressão “vira-lata” originalmente
se refira a animais sem dono, que perambulam pelas ruas revirando
latas de lixo, na realidade esse termo é devido à ausência de “pedigree”
por parte de seus ascendentes ou fruto do cruzamento de cães de raça ora
com cães de rua ou com outras raças não recomendadas para esse
cruzamento. Como esses filhotes não
provocam interesse comercial são dados de presente para parentes ou
vizinhos próximos ou simplesmente abandonados na rua. Infelizmente,
hoje em dia, não somente são os “vira-latas” (cães sem pedigree)
que são abandonados na rua. Pessoas movidas pela emoção adquirem seus
filhotes e diante das dificuldades de criação: vacinas, atenção,
comida, passeios e outros simplesmente se livram dos seus melhores amigos,
os jogando na rua. A partir desses
abandonos a miscigenação cresce e é muito comum
encontrar-se um vira-lata com grandes características de um animal
de raça. Como o “vira lata” é um cão muito independente o
treinamento requer um pouco mais de paciência por parte do adestrador.
Entretanto esta “raça” pode ser treinada da mesma forma que outras raças,
pois possui bagagem suficiente para assimilar os ensinamentos. Muitos
vira-latas são excelentes cães de guarda, freqüentando as páginas dos
jornais pela bravura ao defender seus donos de ladrões e ataques de
animais ferozes. A defesa à residência é feita com garra e disposição.
Existem também animais que são excelentes pastores em fazendas e bons
acompanhantes para deficientes. O
“vira-lata” é um cão fiel e elege o seu dono. Geralmente é
a pessoa que lhe dá mais carinho e assistência. É um cão que
suporta bem a solidão. A simpatia e a meiguice do “vira lata” foram
eternizadas no desenho do Walt Disney “A Dama e o Vagabundo”. |